Uma campanha de iniciativa popular busca a regularização do território das comunidades tradicionais pesqueiras de todo o País. Para isso, é preciso conseguir 1% de assinaturas do eleitorado brasileiro. “A luta é para salvar o pouco que ainda nos resta de território pesqueiro. O nosso litoral, rio e mar, está perdendo espaço para mega-projetos dos empresários e do próprio governo”, salienta Martilene Lima, integrante do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil (MPP).
No Ceará, por exemplo, a coordenadora do movimento cita que o território pesqueiro vem perdendo espaço, sobretudo, para a energia eólica e a carcinicultura. “O mangue está sendo destruído por esses criadouros de camarão”, denuncia. Martilene acrescenta que a água doce do Estado está toda mapeada para ser utilizada pelo agronegócio. “Se não fizermos nada, vamos perder o que ainda nos resta”, alerta.
Solidário à causa, o argentino Esteban Franich, 49, partirá amanhã, às 10h, do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, acompanhado do filho, Alberto Franich, 10, em uma bicicleta à vela com destino a Praia do Preá.